“Escrevendo” / Óleo s/tela / 73x92 cm / 3.000,00 €
O pintor José González Collado
nasceu em Ferrol em 1928.Aos 12 anos entra para a Escola de Artes e Ofícios de
Ferrol, a mais antiga deste tipo na Galiza. Estuda na Escola de Aprendizes de
Bazán, entrando no departamento de Delineamento e Electricidade dessa Empresa.
Em 1942 conhece o já consagrado pintor Felipe Bello Piñero, eleito nesse mesmo
ano Académico de Número da Real Academia de Belas-Artes de La Coruña. Aos 17
anos recebe o seu primeiro prémio na Exposição de Arte, Educação e Descanso, em
La Coruña (1943); aos 18 anos recebe o primeiro prémio na V Exposição de Arte
do SEU, em La Coruña, tendo-lhe sido concedida uma bolsa de estudo de apoio
juvenil que lhe permitirá ir estudar para Madrid. Em 1944 realiza a sua
primeira exposição individual no Casino Ferrolano, quando contava apenas 18
anos. Em 1945 desloca-se a Madrid para estudar pintura. O afã de aprender é enorme
e visita diariamente o Museu do Prado: sente fascínio por Velázquez, admira
Goya, que considera o melhor pintor do mundo, precursor do impressionismo e da
pintura moderna. Regressa pouco tempo depois ao Ferrol para cumprir o serviço
militar. Após a instrução militar, consegue através do escritor Camilo José
Cela – que conhecera nas tertúlias da capital – o destacamento para Madrid para
assim poder prosseguir os estudos. Por fim tem a oportunidade de realizar o
exame de ingresso na Escola de Belas-Artes: desenha, em tamanho natural, uma
figura de uma escultura grega de dois metros de altura. É aprovado em segundo
lugar num curso de 90 alunos. Na Escola de Belas-Artes adquirirá conhecimentos
de forma e cor, técnicas e estilos. Nessa época visita o magnífico pintor
ferrolano Alvarez de Sotomayor, que se converte no seu protector e mestre,
aconselhando-o e, em algumas ocasiões, prestando apoio económico. Em 1947
casa-se com Josefina Pena, com quem permanece feliz decorridos quase 40 anos de
matrimónio. Deste casamento nasceram três filhas que seguem a senda artística
dos pais: Fina, em publicidade, Lilí, no restauro de obras de arte e Merchi, no
restauro de documentos. Viaja pelo norte de África, Marrocos e Argélia, onde
pinta novos temas e cores. Em 1957 viaja a Paris onde se sacia de museus e
pintores, naquele que é o centro mundial das últimas tendências artísticas
desde o século XIX. Em 1959 regressa a Madrid e aí permanece até 1997, ano em
que regressa ao Ferrol, onde monta o seu novo Estúdio 46, em que continua
trabalhando com o vigor próprio de um jovem artista. No final de 2006, o
Ayuntamiento de Ferrol organiza uma Exposição Antológica em que apresenta mais
de 160 obras e que constitui um êxito de crítica e público. Ao mesmo tempo
é-lhe concedida a insígnia de ouro da cidade e se urbaniza uma praça em frente
ao seu estúdio que leva o seu nome: Praça de José González Collado.
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