sexta-feira, 15 de novembro de 2013

10. Fernanda das Neves


“O CHAPÉU DE CHUVA DA MINHA AVÓ”
Da série “MEMÓRIAS VIVAS EM NATUREZAS MORTAS”
Acrílico s/ tela
90x70x2cm
1.260,00 €


Nasceu em 1954 em Lisboa

LICENCIADA EM PINTURA PELA  E.S.B.A.L.
ESTUDOU CERÂMICA, JOALHARIA, COMUNICAÇÃO  PÚBLICITÁRIA  E  INSTITUCIONAL, ARQUITECTURA E DESIGN DE INTERIORES
 EM PORTUGAL E ESPANHA.
ALUNA DOS MESTRES
 LIMA DE FREITAS – QUERUBIM LAPA - ESTRELA FARIA – RAFAEL CALADO – DORITA  CASTELLO BRANCO – CELESTINO ALVES .
EXPÔE DESDE 1971
53 EXPOSIÇÕES COLECTIVAS em Portugal, Espanha e EUA
12 EXPOSIÇÕES  INDIVIDUAIS em Portugal
EM 1997 CRIA A GALERIA/LOJA DE DESIGN  Ká Objectos Com Alma 
 QUE  INSTALA , POR  4 ANOS, NO Centro Cultural de Belém em LISBOA


REPRESENTAÇÕES – ESTILOS - TÉCNICAS

COLECÇÕES PARTICULARES
 ESPANHA, PORTUGAL, ALEMANHA, JAPÃO,  DINAMARCA, ÁFRICA DO SUL,  AUSTRÁLIA, 
HUNGRIA  E EUA
COLECÇÕES DAS EMPRESAS
IBERCONSULT, LABORATÓRIO DA FORMAÇÃO, UNIVERSIDADE NOVA DE LISBOA, PARTEX,
MARINOTE VILAMOURA, INFORINDUS, REST. ESCORIAL, BANCO NACIONAL DE BUDAPESTE,
VIRAGEM,  MACCANN ERIKSON DE MADRID
COLECÇÕES CÂMARAS MUNICIPAIS
 SINTRA, TORRES NOVAS E LEIRIA.
ANTOLOGIAS
DICIONÁRIOS -“ARTE NO FEMININO”e”ARTE FIGURATIVA CONTEMPORÂNEA” DE
AFONSO ALMEIRA BRANDÃO,
LIVROS -“ASPECTOS DA ARTE  CONTEMPORÂNEA“DE FERNANDO INFANTE DO CARMO“
               “PANORÃMA  DAS ARTES  PLÁSTICAS LUSO BRASILEIRA” DE NARCIZO  MARTINS
TÉCNICAS - ACRÍLICO, AGUARELA, PASTEL DE ÓLEO
SUPORTES - TELA, PAPEIS ARTESANAIS, CARTÃO
ESTILOS - EXPRESSIONISMO  ONÍRICO , FIGURATIVO , PAISAGEM , ARQUITECTURAS



SOBRE A PINTURA DE FERNANDA NEVES
Novo ideal de harmonia inventando configurações gestuais de uma qualidade expressiva inusitada, programando campos de conhecimentos onde se verificam casualidades.
A concepção é planificada, mas é livre a aceitação de  acaso, segundo linhas articuladas perpendicularmente, que não negam a espontaneidade mas renovam propostas de direcção artística.
Chegar a uma forma de poesia plástica, entre a ordem - desordem, através de sugestões de tecidos (sedas, linhos…), ressonâncias ritmadas, índices de temperamento e reflexos de inclinação, modos elegantes e obstinados, definições de uma fenomenologia de meios e efeitos.
Pinta-se o modo como se pinta, um elogio de Faber na arte, conhecendo os limites, nunca os excedendo e nesse intervalo precário onde o espírito se instala com o maravilhoso à-vontade da mestria.
Ao considerar conhecer a obra de Fernanda Neves tal como se apresenta no seu capricho de assim existir, não há fronteira entre parecer e ser, não há representação mas presentação transfere-se o espírito a estilo.
O conhecido crítico de arte japonês Kaii Higashiyama escreveu que «a beleza do objecto permanece oculta ao intelecto que investiga de maneira analítica. O belo revela-se no sentimento que une o coração e a coisa». Assim é, com Fernanda Neves.
A sobriedade dos gestos aparentemente iguais, numa repetição programática, conduz-nos à noção de permanência. A eternidade no presente. 
Pressente-se, em suma a beleza revelada à pintora e nela a sua dissolução.


Afonso Almeida Brandão
Critico de arte e jornalista

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